Fototeca

As celebrações do 67.º aniversário foram um autêntico hino à união e à continuidade. A missa na Sé Catedral de Lamego foi um momento de recolhimento e gratidão, seguido do habitual convívio, onde se partilharam histórias, memórias e, naturalmente, muitos sorrisos.

A tocata ataca as músicas do reportório, os cantantes vão à letra e o grupo evolui, no entrelance das quadras musicadas, no enleio e desenleio com que os pares constroem, fazem e desfazem as volutas do seu espectáculo.

Quantos devaneios, romances, beijos e abraços se geraram por obra e graça do folclore? Hoje, como ontem, na alma do povo o folclore tem destas.
2024 conta já com algumas atuações nacionais e internacionais do Rancho Regional de Fafel, algumas delas de enorme simbolismo pelo que representam para o nosso grupo em termos da amizade e dos laços que se estabeleceram ao longo dos anos.

Bem-vindo ao nosso mundo de promoção e divulgação do folclore, onde cada imagem é tão emocionante quanto o acaso, e onde cada momento é um registo gravado na tela da existência de cada um de nós. O único limite desta viagem é a extensão da imaginação e da memória de todos.


LAURINDO LOPES foi um dos grandes obreiros daquilo que é atualmente o Rancho Regional de Fafel.

Ao longo dos anos, soube defender, preservar e divulgar a cultura popular e tradicional da região por intermédio da recolha, junto dos mais idosos, de usos, costumes, músicas, danças e poesias, trajes e artefactos populares tradicionais do início do séc. XX, adequação dos trajes, procura dos tecidos tradicionais, adaptação da tocata e alteração do reportório das danças e cantares, em resultado de um processo de grande rigor técnico.

Partiu em 24/10/2024, deixando o folclore português mais pobre. Com a sua entrega, dedicação, rigor e trabalho conseguiu levar o nome do Rancho de Fafel e da cidade de Lamego longe, dentro e fora de Portugal.

Apesar de não ter nascido nesta região, acabou por ser aqui que criou a sua família e onde encontrou a sua a paixão, o folclore. Conseguiu passar esse amor a muitas pessoas, tanto às gerações mais velhas como às mais novas.

Dele, ficam as memórias, o conhecimento transmitido, o amor ao folclore, o gosto por se juntar à mesa com a família e amigos que são família.

Muitos foram os que passaram por este grupo folclórico e que, por razões várias, já cá não estão. Outros, porém, perpetuam a tradição e continuam a levar aos quatro cantos do mundo a marca do Rancho Regional de Fafel.

“O que há a fazer é criar utopias realizáveis.”

– Ramalho Eanes

“A pior prisão é um coração fechado.”

– João Paulo II



Ao longo de gerações, o Rancho Regional de Fafel procurou preservar a autenticidade que só alguns grupos folclóricos conseguem manter. Este grupo lamecense esforça-se para que continue a ser aquilo que um dos seus icónicos dirigentes, Laurindo Lopes, designou: “um museu vivo da cultura popular”.

António Fachina – outro dos impulsionadores do Rancho Regional de Fafel….

GERAÇÕES

Crescimento positivo

Uma família! Talvez possamos descrever desta forma um pouco simplista o Rancho Regional de Fafel. No entanto, a realidade é que foram muitas as que por aqui passaram ao longo de quase sete décadas. Algumas ainda por lá permanecem…

Efetivamente, a passagem por este grupo folclórico singular faz com que todos se sintam membros duma grande família que acolhe cada um com uma generosidade e espírito fraterno únicos e inigualáveis.

Deste modo, os mais novos vão crescendo com os valores mais genuínos das nossas gentes, do nosso povo, e vão-se habituando a preservar as tradições e a cultura populares, ao mesmo tempo que vão tomando contacto com novos hábitos, outras gentes, reforçando os valores humanistas e culturais que estão na base do Rancho Regional de Fafel.

Valores que se perpetuam graças à regeneração dos elementos que, na sua singularidade e capacidade de acrescentar talento e saber, conferem ao grupo a modernidade que o caracteriza.