24 de agosto de 1950
Criação de uma associação recreativa com o intuito de participar nas festividades de N.ª Sra. dos Remédios, designadamente na Marcha Luminosa, da cidade de Lamego.
19 de janeiro de 1958.
Fundação do Rancho Regional de Fafel, de Lamego.

24 de agosto de 1958
Estreia no Jardim do Campo da República onde «o Rancho, em estrado próprio, executou 12 números».
1981
Alteração dos trajes, uniformes e estilizados, para trajes que estivessem de acordo com os cânones das novas orientações para o folclore.
Dá-se início a um projeto de defesa, preservação e divulgação da cultura popular e tradicional da nossa região: recolha, junto dos mais idosos, de usos, costumes, músicas, danças e poesias, trajes e artefactos populares tradicionais do início do séc. XX, adequação dos trajes, procura dos tecidos tradicionais, adaptação da tocata e alteração do reportório das danças e cantares, resultado de um processo de rigor técnico iniciado por Laurindo Lopes.
Agosto de 1984

Receção por Sua Santidade o Papa João Paulo II, em audiência privada, na Praça de S. Pedro, Roma.
1987
Atribuição da medalha de Mérito Municipal, grau prata.
2009
Atribuição da medalha de Mérito Municipal, grau ouro.
2016
Atribuição do Prémio de Mérito Cultural da cidade de Lamego.

Ao longo dos anos de existência legal, o Rancho Regional de Fafel já participou em mais de mil atuações em território nacional (continente e ilhas) e mais de sessenta além fronteiras (Espanha, França, Itália, Áustria, Hungria, Alemanha, Sérvia, Holanda, Dinamarca, Noruega…). De entre todas, destacam-se as seguintes, perante:
- S.ª Exa. o Sr. Presidente da República Américo Tomás (maio de 1965, Casa do Douro, Régua);
- S.ª Exa. o Sr. Presidente da República Ramalho Eanes (setembro de 1985, Lamego);

- S.ª Exa. o Sr. Presidente da República Mário Soares (julho de 1988, Quinta do Vesúvio);
- S.ª Exa. o Sr. Presidente da República Cavaco Silva (junho de 2015, Celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Quinta da Pacheca);
Organizou mais de cinco dezenas de festivais nacionais, e mais de quarenta festivais internacionais de folclore nos quais participaram mais de três centenas de grupos nacionais e dos continentes europeu, americano e asiático.
28 de janeiro de 2023
Data em que se assinalou o primeiro ensaio do Rancho Regional de Fafel no Centro Cívico de Lamego, a nova sede do Grupo, há tanto tempo desejada por todos.
03 de junho de 2023
Inauguração do Centro Cívico de Lamego, por S. Exa. a Sra. Ministra da Coesão Territorial, Dra. Ana Maria Pereira Abrunhosa, e pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Eng.º Francisco Lopes, e com a presença do Presidente da Direção, Joaquim Neves.

09 de agosto de 2025
Obtém o primeiro lugar na categoria “Traditional Folk Dances, Music and Singing Groups” no 45.º International Competition and Folklore, Dance and Music Festival “PRAGUE STARS” (summer edition), realizado no histórico Hybernia Theatre e promovido pela The European Association of Folklore Festivals – EAFF, um prestigiado certame internacional, que contou ainda com a presença de grupos oriundos da Polónia, da Eslováquia, da Bulgária, do Cazaquistão, da Alemanha, da Roménia, da Geórgia e de Taiwan

1983 – França ⬜ 1984 – Itália ⬜ 1985 – Andorra ⬜ 1986 – Itália ⬜ 1987 – Espanha ⬜ 1988 – Dinamarca ⬜ 1989 – Noruega ⬜ 1990 – Espanha ⬜ 1992 – Itália ⬜ 1993 – Alemanha ⬜ 1994 – Espanha ⬜ 1996 – Espanha e Itália ⬜ 1999 – Holanda ⬜ 2001 – Espanha ⬜ 2002 – Itália ⬜ 2004 – França ⬜ 2006 – Espanha ⬜ 2008 – Espanha ⬜ 2010 – Itália ⬜ 2012 – Hungria ⬜ 2013 – País Basco ⬜ 2014 – Áustria ⬜ 2016 – França ⬜ 2017 – Sérvia ⬜ 2024 – País Basco ⬜ 2025 – Chéquia
(VÍDEO)
O Rancho Regional de Fafel nasceu a 19 de janeiro de 1958 com o intuito de pesquisar, preservar e divulgar a Cultura Popular da região do Douro Sul.
Os seus trajes retratam com fidelidade a forma de vestir dos seus antepassados: trajes de pastores, Romaria, trabalhadores agrícolas, lavradores ricos, etc.
As cantigas refletem os amores dos pastores e romeiro em dia de Romaria à mistura com as chulas ribeirinhas do Douro.
As danças traduzem a forma de viver e sentir das gentes trabalhadoras do Douro e o divertimento em dia de Romaria.
O momento mais alto da, já longa, vida deste grupo folclórico terá sido, seguramente, a receção concedida por Sua Santidade o Papa João Paulo II na majestosa e imponente Praça de S. Pedro, perante cerca de 25 000 circunstantes. É possível que o Rancho Regional de Fafel não volte a ter semelhante distinção e honra, pois todos aqueles que tiveram o privilégio de chegar à presença de Sua Santidade foram incapazes de conter a comoção, a alegria e a felicidade perante tão grande privilégio.
O Rancho Regional de Fafel transportou para a deslumbrante Praça de S. Pedro o nome de Lamego, da sua Padroeira, N.ª Sra. dos Remédios, mas igualmente de Portugal. No final da apresentação ao Santo Padre das danças e cantares do nosso folclore, ouviu-se uma enorme ovação de todos os presentes e o Papa abeirou-se do grupo e recebeu cumprimentos e oblações dos seus elementos.
Dirigiu, então, «uma bênção especial para Portugal, para as famílias e para a Paróquia» e convidou o Rancho Regional de Fafel para uma fotografia.
Tipicamente beirões, os trajes datam de há cerca de um século e apresentam-se em várias cores, tendo sido recolhidos em freguesias rurais e ribeirinhas do concelho de Lamego.
Trajes representativos da Região do Douro na Exposição do Traje Vivo.
Batalha 2005

Trajo de ceifeira e malhador
ELE – Camisa de riscado, ceroulas também de riscado, arregaçadas numa das pernas; chapéu de palha; tamancas de couro. Não usa meias; mangual às costas.
ELA – Blusa de gorgorina; saia de riscado; saiotes brancos de bretanha e vermelho de flanela; camisa branca, curta e de pouca roda. Na cabeça, chapéu de palha e, por baixo, lenço de lã com ramagens, atado ao chapéu. Tamancos de couro. Não usa meias. Uma corda dobrada à cintura onde leva presa uma cabaça e uma seitoura.

Trajo de podador
ELE – Camisa de riscado; calças de cotim. Uma corda dobrada à cintura a segurar as calças e, ao lado da corda, a tesoura de podar e o junco. Boné de orelhas; jaqueta de baetão e socos brancos de atanado.
ELA – Blusa de chita estampada; saia de riscado estampado; saiote vermelho de flanela; saiote branco de bretanha ; camisa curta de pouca roda de bretanha; meias de cor em algodão; socos de verniz. Na mão, um pipo para o vinho.
Pastores da serra ou do campo

ELE – Chapéu de palha; calça, colete e casaco de surrobeco; camisa de riscado; tamancos pretos de couro de bico arrebitado; caroça e plainas de palha ou de junco. Na mão, cajado de lódão ou de marmeleiro e um lampião.
ELA – Saia de estopa cinzenta claro; blusa de fustão branco; colete de fustão azul com atacadores; lenço de lã preto, com ramagens amarelas; meias cinzentas de algodão; tamancos pretos de couro, de bico arrebitado; saiote; capucha de burel e avental azul escuro florido; Roca, fuso e cestinho.
Trajo regional das tecedeiras
ELE – Calça e colete de fazenda preta; camisa de linho; chapéu preto de feltro; faixa preta de voltas e botas pretas de elástico.
ELA – Saia preta de merino, com barrões de veludo preto; blusa de linho; colete de merino preto com atacadores; saiote branco de bretanha; camisa branca, também de bretanha, curta e de pouca roda; meias de algodão branco, rendadas; lenço de lã e chinelas pretas. Nas orelhas, argolas de ouro. Avental de linho de cor.
Trajo de domingo
Quase exclusivo para assistir à Santa Missa.
ELE – Chapéu preto de feltro; fato de fazenda preta, composto de casaco curto, de calamares, com canhões de fita preta e botões de madre-pérola; calça à boca de sino; faixa preta de virados, com corrente e relógio, de botas pretas de calfe.
ELA – Saia preta de armur; camisa de linho, com rendas; capinha de tecido preto, bordada com lantejoulas; saiote branco; meias de algodão rendadas; camisa de bretanha curta e de pouca roda; sapatos de calfe preto.
Trajo de lavradores ricos
ELE – Fato de fazenda preta, composto de casaco de três quartos; colete de virados com corrente e relógio de bolso; calça; camisa de linho; chapéu preto de feltro, debruado; botas pretas de calfe.
ELA – Fato de fazenda de cor, composto de saia com folhos em pregas; casaco todo fechado, muito cintado, debruado a veludo nas mangas e nas abas; blusa de linho fino e alvo, guarnecida de largos folhinhos no pescoço e nas mangas; meias brancas rendadas e sapatos de calfe preto; nas orelhas, brincos de ouro.
Trajo de romaria
ELES – Calças e colete de fazenda de cor; camisa de linho; botas pretas de elástico e chapéu de feltro cinzento ou preto.
ELAS – Blusas de fustão estampado, de linho e outros tecidos; saias de fazenda de cores variadas; saiotes brancos de bretanha; meias de algodão branco, rendadas; camisas curtas de bretanha e de pouca roda; aventais de merino preto bordados a cores; lenços adamascados e estampados e chinelas de calfe preto; no braço, xaile de merino.
O logótipo inicial do Rancho Regional de Fafel inclui, na sua composição, um mangerico cujo vaso se encontra simétrica e longitudinalmente dividido.
À esquerda, podemos observar a metade correspondente do brasão da cidade. À direita, encontra-se parte da capela de Sto. António, na rua de Fafel, em Lamego, artéria onde o Rancho teve a sua sede até ao ano de 2023.
O listel é constituído pelos dizeres “Rancho” e “Fafel”, em letras amarelas sobre fundo azul, e “Regional” em posição exterior.
